06/11/2010

Benefícios do Exercício Físico para o Golfe

De que forma o exercício físico beneficia o nível do jogo e a saúde do atleta?

Em primeiro lugar, devem-se ter em atenção as diferentes classes etárias a que pertencem os indivíduos que praticam golfe.
Independentemente da classe etária a que pertencer o praticante de golfe, o exercício físico trará grandes benefícios, não só ao nível do jogo, como também ao nível da saúde. Para os indivíduos de classes etárias mais elevadas, o treino assume maior importância uma vez que o processo de envelhecimento corporal ocasiona perda de flexibilidade, força, potência e coordenação musculares, bem como da eficiência cardiovascular.

Dito isto, reparemos nos benefícios que um bom condicionamento físico pode trazer dedicando apenas algumas horas semanais.



Benefícios do
Exercício Físico
 Nível Fisiológico Regula os níveis de glucose
 Estimula os níveis de adrenalina e noradrenalina
 Melhora resistência cardiovascular
 Ajuda a preservar e a readquirir flexibilidade
 Melhora equilíbrio e coordenação
 Controlo da velocidade do movimento (que com a idade tem tendência a decrescer)
 Nível
Psico-Social
 Favorece o relaxamento
 Melhora o bem-estar geral
 Melhora o controlo motor
 Proporciona novas aprendizagens
 Melhora a qualidade de vida
 Integra o indivíduo com a natureza e comunidade



Esses benefícios irão melhorar as qualidades físicas, denominadas de capacidades motoras, que se resumem em três grandes áreas:
1. Resistência
2. Força
3. Flexibilidade

De seguida serão definidos estes conceitos e os benefícios dos diferentes tipos de treino que melhoram as diferentes capacidades motoras do atleta.

• Resistência Cardiovascular

A resistência cardiovascular define-se como a capacidade aeróbia. A capacidade aeróbia é a capacidade que o sistema cardiovascular possui para distribuir o sangue e o oxigénio aos músculos activos e de estes usarem o oxigénio e nutrientes para realizarem trabalho durante stress físico.
A capacidade aeróbia é influenciada por diversos factores tais como a pressão arterial, a frequência cardíaca, o colesterol, os níveis de triglicéridos, e ainda o nervosismo.
O facto de um jogador “não correr no campo” não implica que não esteja a realizar uma actividade na qual trabalha o sistema cardiovascular.
Se um jogador está ansioso ou se cansa nos últimos buracos, pondo-o mais nervoso, produz-se uma descarga de adrenalina que, por sua vez, leva a uma elevação da frequência cardíaca e da pressão arterial.

Em consequência, os jogadores devem estar preparados para tolerar este incremento sem que este influencie negativamente sobre o rendimento.
Por este motivo, os jogadores de golfe deverão saber os valores do colesterol e os níveis de triglicéridos no sangue, bem como a resposta da tensão arterial ao exercício, para confirmar se jogam sem riscos.
O aumento da capacidade aeróbia faz com que os músculos tenham uma recuperação mais rápida e permite que a concentração se mantenha durante todo o jogo. Isto é indispensável para os golfistas sobretudo em partidas superiores a 4 horas, bem como em torneios que decorrem durante dias sucessivos.

• Força e Resistência Muscular

A força muscular pode ser definida como a força ou tensão que um músculo ou, mais correctamente, um grupo muscular consegue exercer contra uma resistência, num esforço máximo.
A resistência muscular define-se como sendo a capacidade de um músculo ou grupo muscular realizar contracções repetidas contra uma carga ligeira por um longo período de tempo.
Como na maioria dos desportos, a fadiga muscular e o cansaço geral constituem factores chave na diminuição da performance dos golfistas. Para jogar bom golfe, é necessário ter boa técnica, estratégia de jogo, tranquilidade e lucidez mental.
As margens de erro são mínimas no golfe e pequenos níveis de cansaço muscular podem reduzir notavelmente o rendimento e os resultados. Quantas vezes vemos jogadores muito talentosos, que têem um bom desempenho nos primeiros dois dias de torneio, e que a partir do terceiro dia começam a piorar o seu jogo, caindo muitas posições. O motivo mais frequente é a fadiga, que não afecta só a performance física, como também a claridade mental para decidir qual é o taco adequado ou o tipo de shot mais conveniente. A fadiga muscular influencia directamente a concentração e a coordenação neuromuscular, essenciais para a correcta execução do swing. Por este motivo, é fundamental o trabalho de resistência e força muscular, uma vez que a ausência de fadiga é um dos factores associados à regularidade e à consistência do jogador de golfe.

• Flexibilidade

A flexibilidade é definida como o grau de amplitude de uma articulação. É responsável pela execução de um movimento na amplitude articular máxima, dentro dos limites morfológicos e anatómicos, sem o risco de ocorrência de lesões.
A flexibilidade é importante na realização de determinados gestos desportivos e movimentos que, de outra forma, seriam impossíveis de ser realizados. No golfe este treino é primordial, tanto para a potência do swing, como para a precisão no jogo curto e na regularidade do jogo.
A flexibilidade aumenta a eficiência mecânica dos movimentos, fazendo com que o atleta tenha um desperdício menor de energia na execução das suas actividades, além de prevenir lesões e vícios posturais, reduzir as tensões musculares e auxiliar na melhoria da contractilidade muscular, factores que contribuirão para a maior qualidade da técnica do swing.

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