Mostrar mensagens com a etiqueta Golf. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Golf. Mostrar todas as mensagens

23/03/2025

O Handicap


Assim que qualquer jogador comece a ir jogar para o campo, a pergunta habitual é: “o que tenho de fazer para ter handicap?”. Sendo uma pergunta pertinente, pois qualquer jogador que se preze tem de ter handicap.
No golfe, cada jogador joga competindo contra o campo, no entanto as pessoas jogam juntas, e como tal podem competir entre elas independentemente de terem níveis de jogo diferentes, graças ao sistema de handicap, que serve para compensar a diferença entre os jogadores amadores.
O termo “handicap” representa a habilidade de jogo de um praticante amador, através de um valor numérico. Esse valor é tanto mais baixo quanto melhor for a habilidade de jogo do praticante. Entre jogadores amadores, este valor numérico varia de 0 a 36, entre homens e senhoras.
Uma das razões que torna este desporto justo é exatamente a utilização de um “Sistema de Handicaps” que tem como objectivo principal possibilitar aos praticantes com diferentes níveis de capacidade de jogo competir entre si em condições de igualdade. Sendo por isso pressuposto que:
  • Todo jogador de golfe conhece e respeita as regras de golfe;
  • Todo jogador de golfe joga com fair-play;
  • Todo jogador de golfe é honesto;
  • Todo jogador de golfe faz sempre o melhor resultado possível em cada buraco e em cada volta;
  • Todo jogador de golfe apresenta o maior número de resultados válidos para a gestão de handicaps.
Em Portugal, a Federação Portuguesa de Golfe adoptou o “Sistema de Handicaps EGA” da Associação Europeia de Golfe como base para a gestão dos handicaps em Portugal.
Para além da aferição da habilidade do praticante, o Sistema de Handicaps EGA baseia-se também na avaliação da dificuldade do campo, fazendo o encontro entre estas duas realidades.
Daí decorre a existência de:
Handicap Exacto EGA
Um número com uma casa decimal indicador do potencial do praticante e correspondente à habilidade num campo de dificuldade média considerado standard no modelo estabelecido pela USGA.
Handicap de Jogo EGA
É o número específico de pancadas de handicap atribuído ao jogador em cada conjunto específico de “tees” de saída em determinado campo.
Ou seja: o Sistema de Handicaps EGA tem como um dos seus objectivos e vantagens a “portabilidade”, no sentido em que o “Handicap Exacto EGA” é transportado para cada campo e ali convertido, consoante a respectiva classificação.

Se é um golfista principiante ou se já tem alguma experiência, entender o que é o handicap de golfe é essencial para aproveitar ao máximo o jogo.
O que é o handicap?
O handicap é um número que representa a habilidade de um jogador de golfe. Ele permite que jogadores de diferentes níveis de habilidade possam competir entre si de forma justa. Quanto menor o handicap, mais habilidoso é o jogador.
Como é calculado o handicap?
O cálculo do handicap pode parecer complicado, mas vamos simplificar. Basicamente, ele é baseado nos resultados dos jogos anteriores. Cada vez que um jogador joga pode registar o cartão de jogo através da área de jogador da Federação Portuguesa de Golfe (my.fpg.pt) ou cada vez que um jogador joga um torneio o cartão é registado pela organização do mesmo. Com o registo desses cartões de jogo e consequentes pontuações, o sistema calcula e actualiza o seu handicap sempre que entra um novo cartão.
Existem diferentes sistemas de handicap em todo o mundo, mas o mais utilizado é o Sistema de Handicap Mundial (WHS, na sigla em inglês). O WHS foi criado para unificar os diferentes sistemas e tornar o cálculo do handicap mais preciso e justo.
Como funciona o WHS?
O WHS utiliza uma fórmula que leva em consideração diversos factores, como a dificuldade do campo, a sua pontuação e a sua consistência. O sistema calcula uma média dos seus melhores 8 resultados dos últimos 20 jogos e utiliza essa média para determinar o seu handicap.
Para que serve o handicap?
O handicap é utilizado em competições de golfe para nivelar o jogo. Ele permite que jogadores de diferentes níveis de habilidade possam competir entre si em igualdade de condições. Além disso, o handicap também serve como um indicador do seu progresso no golfe.
No golfe, através do uso do handicap, jogadores com diferentes níveis de habilidade podem jogar e competir, numa base de igualdade e equidade. É possível partilhar uma volta de golfe com jogadores de diferentes perfis ao nível de idade, género e experiência de golfe e comparar os resultados. Isto consegue-se pelo facto de utilizarem handicaps. E o handicap pode ser usado em torneios oficiais, mas também nas voltas de golfe em geral, com amigos e família.
Além disso, o handicap também permite a cada jogador acompanhar e monitorizar o seu desenvolvimento individual, através do registo de handicap. Por exemplo, no website da Federação Portuguesa de Golfe, os federados podem analisar a evolução do seu handicap consultando a sua área reservada – myFPG.

Conforme os resultados em voltas de golfe, cada jogador recebe um valor que representa a sua habilidade de jogo. Ao competir, o jogador menos habilidoso recebe mais pancadas de handicap, ou seja, pode fazer mais pancadas na volta do que um melhor jogador, para obter o resultado net, resultado esse em que foi descontado o handicap. Ficam assim nivelados de uma forma justa e o jogo fica mais interessante!

Os cálculos oficiais de handicap são feitos de acordo com o Sistema de Handicap Mundial, para se obterem handicaps equitativos e consistentes. Os cálculos são efetuados nos suportes digitais da FPG e acompanhados, para gestão e monitorização, pela respetiva Comissão de Handicap.

O Sistema de Handicap Mundial é complementado com o Sistema de Classificação de Campos, o qual permite a portabilidade dos handicaps. Isto significa que o jogador recebe mais pancadas de handicap num campo mais difícil, do que num campo mais fácil. Seguindo uma metodologia rigorosa, a FPG avalia a dificuldade de jogo de cada conjunto de tees, de cada campo e estabelece os valores de Course Rating e Slope Rating. Daí, é calculado o handicap aplicável em cada conjunto de tees, para cada jogador e que pode ser consultado nas Tabelas de Handicap, no campo, em myFPG, ou aqui. O handicap de jogo pode ainda ser condicionado pelo formato e termos específicos da competição.

O Sistema de Handicap Mundial pressupõe que cada jogador age com integridade, seguindo os princípios e procedimentos dos Sistema de Handicap Mundial, joga de acordo com as Regras de Golfe, tenta sempre fazer o melhor resultado possível em cada buraco, de cada volta e submete resultados para atestar a sua habilidade de jogo.

O sistema é feito para acompanhar a evolução do jogador. As voltas que são usadas para efeito dos cálculos de handicap incluem resultados de 9 e 18 buracos, jogados em torneios ou em jogo geral, mediante as condições e formatos estabelecidos. Tal permite amplas oportunidades de atualizar regularmente o handicap.
Para obter um handicap deves contactar um clube filiado (com autoridade de handicap) ou a Federação Portuguesa de Golfe.

Como jogador federado, para obteres um handicap inicial e porque o sistema de handicap é acessível e inclusivo:

O valor máximo de handicap é de 54.0, permitindo que possas obter um handicap rapidamente quando começas a jogar golfe;
Tens de submeter o mínimo de um resultado aceitável para handicap, ou seja, jogar uma volta de golfe em condições de handicap e certificada pelo marcador;
A Comissão de Handicap, da entidade por onde te registaste, analisa todas as informações disponíveis sobre a habilidade de jogo e conhecimento de Regras de Golfe para te atribuir o handicap inicial.



17/12/2024

Alinhamento e Pontaria no Golfe



Se bate bem na bola mas nem sempre na direção certa, a primeira a verificação a fazer é o alinhamento. É comum sentir que está bem alinhado e confortável mas na verdade, se for filmado ou observado por outra pessoa é recorrente estar desalinhado com o alvo. Claro que até pode jogar a bola em direção ao alvo compensando o seu mau alinhamento durante o swing, mas dessa forma nunca irá obter resultados regulares e consistentes, bem como obter o seu potencial máximo no golfe ficando a sua evolução limitada. 

Embora a maioria dos jogadores amadores entenda a importância do alinhamento correto no campo de golfe, continuamos a ver problemas de alinhamento em muitos jogadores. Existem 2  razões para tal:

1- o jogador altera a postura e a posição de abordagem para tentar compensar um erro no Swing, como por exemplo o slice.

2- o jogador simplesmente não verifica o alinhamento regularmente e maus hábitos instalam-se silenciosamente. 

Para quem está a dar os primeiros passos no golfe alerto que um swing consistente só pode ser construído com um alinhamento correto, não tente corrigir erros no seu swing sem resolver o problema do alinhamento e da pontaria. 

Para verificar o seu alinhamento, escolha um alvo e coloque-se à bola como faz habitualmente antes de bater a bola, coloque o taco no chão ao longo da linha dos seus pés, depois saia da posição e venha visualizar atrás da bola a direção da linha dos seus pés através do taco que colocou no chão.

Se o taco apontar diretamente para o alvo ou para a direita do alvo, o seu stance está fechado;

Se o taco apontar para a esquerda do alvo, o seu stance está aberto. 

O correto será o taco apontar paralelamente à esquerda do alvo, imaginando que a linha ao longo dos pés e a linha da bola até ao alvo são dois trilhos de uma linha de comboio. Este é o stance square. Lembre-se que os seus joelhos, ancas e ombros devem igualmente estarem alinhados e paralelos aos seus pés. 



Porém, muitos dos melhores jogadores em torneio, nunca tentam dar o shot absolutamente a direito. Por isso, não se alinham perfeitamente paralelos à bandeira. Eles escolhem sempre um lado mais seguro e jogam ora em Fade (alinhando-se à esquerda do alvo) ora em Draw (alinhando-se à direita do alvo). 

No entanto, até ser um jogador experiente utilize apenas o alinhamento square, com pés, ancas e ombros paralelos à linha do alvo e face do taco alinhada com o alvo. 



Quando se coloca à bola (posição de address), a mesma deve estar alinhada com o centro da face do taco, ou seja com o sweet spot. Um erro comum mas fatal é decidir para onde que jogar quando já está posicionado à bola, escolha sempre o seu alvo antes de se posicionar. É impossível alinhar-se correctamente sem ter escolhido o ponto de aterragem da bola. Para todas as tacadas em que não ataca diretamente a bandeira, escolha uma referência para se alinhar. Depois de apontar o taco, alinhe os pés, ancas e ombros paralelamente com a sua linha imaginária. Se seguir esta rotina religiosamente é mais difícil estar desalinhado, treine esta rotina. 



Outra dica importante para evitar que a face do taco fique desalinhada é segurar o taco com a mão esquerda antes de estar na posição de address e só quando estiver nessa posição colocar calmamente a mão direita. Ao baixar a mão direita apenas no último momento evita que todo o corpo mude de posição (principalmente a alterar o peso do corpo), o que é um erro muito comum. É essencial que a face do taco não se mova enquanto se posiciona. Muitos jogadores alteram o alinhamento da face do taco quando finalmente colocam a mão direita, para o evitar agarre ligeiramente o taco quando assumir a postura e firme o grip apenas antes de iniciar a tacada.



Não se esqueça do ângulo da face do taco ao abordar a bola, ele deve estar square (perpendicular) em relação à linha da bola ao alvo.

O alinhamento adequado no campo de golfe embora pareça teoricamente fácil é muito importante e talvez por ser simples muitos jogadores amadores não verificam regularmente. Os profissionais do tour verificam e dão valor máximo ao alinhamento todas as vezes que praticam porque sabem quando isso é importante.

Por último, deixo esta frase de Nick Faldo como conclusão: "Não é preciso dizer que não adianta ter um set-up perfeito, um grip perfeito e um swing perfeito, se tudo estiver desalinhado. Parece óbvio, mas muitos jogadores simplesmente não gastam tempo suficiente para acertar o alvo".

05/12/2024

Vouchers de Oferta para Natal

 

🎁Já pensou na sua lista de presentes? 🎁

Para si... 

...ou para oferecer a alguém especial!

🏌️‍♀️Voucher Oferta de Baptismo de Golfe (1 aula de 60 minutos): 45€

🏌️‍♀️Voucher Oferta de Curso de Iniciação ao Golfe (4 aulas): 140€

Imagine a satisfação de quem recebe muito mais que uma prenda, é uma experiência e quem sabe um novo estilo de vida saudável. Nota: Para adquirir um destes presentes, contacte para Treinador Carlos Guerreiro (tlm: 96 456 87 46) ou lisboaphysio@gmail.com . Não serão efectuadas trocas nem devoluções. Os serviços em causa poderão ser usufruidos mediante marcação prévia, até 6 meses após a compra do voucher.

#Prenda #Natal #Presente #Oferta #Voucher #Vale #Golfe #Golf #Aula #Iniciação #Baptismo #Massagem #Ideia #Ideias #lisboaphysio #Mulher #Marido #Namorado #Namorada #Lisboa #diadosnamorados #segredosdelisboa http://golfeLisboa.blogspot.com

27/11/2024

A Pega ou Grip

 A Pega (Grip)


Como treinador aprendi que a forma como um jogador segura o taco irá em grande medida determinar o êxito da tacada. A Pega é portanto um dos temas mais importantes a ter em conta na técnica do golfe. De forma que de nada vale ter um bom swing se a pega não for boa. Pegar mal no taco requer ajustes no swing para acertar na bola com a face perpendicular ao alvo. Fazer um swing bonito à Seve Ballesteros de nada serve se não segurarmos o taco como ele o fazia. Não é de todo péssima ideia imitar o swing de um bom jogador com morfologia idêntica mas apenas o façam se o fizerem também na forma de segurar o taco. Alterar e aprender a pega requer treino, seria insensato querermos ter uma boa pega num só treino, só com a repetição vamos conseguir uma pega sólida e confortável.


Então, uma boa pega deve permitir liberdade dos movimentos às mãos, punhos e antebraços, garantindo ao mesmo tempo que a mão esquerda e direita possam trabalhar em conjunto como uma única unidade. A força que as mãos devem exercer no taco deverá ser 7/10 ou seja, como se estivéssemos a segurar um passarinho nas mãos, com força suficiente para não fugir mas também com força que não o sufoque. É comum um jogador iniciante pegar no taco com demasiada força e tensão nas mãos e antebraços. Esta situação ainda mais se agrava quando se está a aprender a pega, prejudicando a aprendizagem e criando uma maior probabilidade de contrair lesões.

Então como devemos colocar as mãos correctamente? 

Em primeiro lugar, aconselho a colocação do taco na mão esquerda de forma que entre os dedos polegar e indicador formem uma linha ou "V" entre eles em direcção ao ponto intermédio entre o pescoço e o ombro direito (ou ao ponto médio da clavícula direita). Muitos treinadores preferem o "V" ao invés de linha formada entre os dedos indicador e polegar, eu prefiro a referência da linha uma vez que o "V" dá ideia de ter os dedos mais afastados, o que por vezes não é o que devia acontecer. 



Para principiantes, em caso de duvida da posição da mão esquerda, experimentem segurar o taco com a mão esquerda colocada na parte exterior da coxa esquerda deixando o braço esquerdo pendurado naturalmente. Vão reparar que a mão esquerda está ligeiramente voltada para dentro e é essa a posição natural do braço esquerdo. Basta então fechar a mão esquerda no taco e depois verifique na posição à bola. 

Então, temos na mão esquerda como referências visuais para o jogador a posição dos dois dedos (polegar e indicador) que originam uma linha ou um "V" direccionado ao ponto intermédio da clavícula direita e dois nós e meio de dedos da mão esquerda visíveis ao segurar o taco. Depois a mão direita que é a mão que atribui direção à tacada e consequentemente à bola independentemente de como colocamos a mão sobre o taco, esteja ela entrelaçada com a esquerda, sobreposta ou tipo baseball, ela deve invariavelmente estar posicionada com os 2 dedos (polegar e indicador) a sugerir a mesma direção da linha ou "V" da mão esquerda em direcção ao ponto intermédio da clavícula direita e na mesma posição o jogador deve conseguir observar um nó, ou nó e meio de dedos da mão direita. A forma mais simples de entender o abraçar desta mão com o taco será imaginar que estamos a cumprimentar alguém de mão estendida e dessa mesma forma sempre com a palma da mão direcionada para o alvo, cumprimentamos assim o taco. Desta forma estará garantida, pelo menos ao nível da pega, o correto e bem sucedido manuseamento do taco. 



A pega é algo que deverá ter sempre atenção de corrigir com pequenos ajustes. Volte a refazer a pega correctamente a cada tacada de forma a não criar maus vícios e de forma a integrar a rotina pré-shot. 

Para verificar se a pega está correcta faça alguns swings só com uma mão, primeiro com a esquerda e depois com a direita e verifique também se consegue com cada uma das mãos realizar 3 movimentos fundamentais: 

1- Flexão/extensão do punho: movimento que fazemos para acelerar e desacelerar uma mota.

2- Desvio radial/cubital: movimento que fazemos na pesca a movimentar a cana para verificar se tem peixe no anzol. 

3- Pronação/supinação: movimento que fazemos para movimentar uma espada de um lado para o outro na esgrima.



Pessoalmente gosto da pega do tipo interlocking com o dedo mindinho da mão direita cruzado com o indicador da mão esquerda mas não tenho nada contra os outros tipos de pega. As vantagens que vejo nesta opção é a ancoragem fácil das duas mãos, facilitando o trabalho mútuo das mesmas. Recomendo a experimentar as 3 opções, as mãos são todas diferentes, por isso procure o que lhe é mais "natural". É importante que para que as mãos exerçam uma acção coordenada a palma da mão direita deve encaixar no polegar esquerdo como duas peças de Lego.



A pega da mão direita diz sobretudo respeito aos dedos por dois motivos. Primeiro, os dedos dedos tem uma elevada concentração de terminais nervosos, tornando-os no centro do sentido do tacto. Em segundo lugar, é com os dedos que a mão direita vai permitir que a cabeça do taco chicoteie a bola. Devemos então segurar o taco o taco com todos os dedos, mas aplicar uma pressão especial em determinadas zonas. Na mão esquerda, nos últimos dedos e no músculo que pressiona o taco, na mão direita a pressão especial será no polegar e no indicador. 

Outro pormenor importante em relação à pressão é que o dedo mindinho da mão esquerda deve ficar a envolver quase todo o taco. Ele é de grande ajuda para manter o taco unido. Para comprovar faça a seguinte experiência: segure o taco apenas com os dois dedos médios e depois acrescente o dedo mindinho, fará toda a diferença.

Não pense que precisa de mãos fortes para jogar bem golfe. Pode ajudar mas as mãos são na verdade um elo de ligação entre os braços e o taco. O swing correcto é criado pelos braços e pelo taco através da acção correcta e coordenada de todo o corpo. 

Se as suas mãos forem particularmente pequenas, o polegar esquerdo pode ser de grande utilidade. Coloque o polegar esquerdo para a frente do taco o máximo que conseguir. Verá que isso ajuda a aderir melhor o taco e aumentará a sensação e controlo do taco. Experimente para ver se funciona.

Devemos segurar o taco com firmeza mas sem tensão exagerada, relembro que a força das mãos sobre o taco deve ser 7/10. É especialmente importante manter a pega firme no topo do backswing porque libertar a pressão vai alterar o plano de swing, perdendo o ritmo e o controlo do taco. Este é um dos erros mais comuns quando um jogador está cansado. Devemos manter a pega firme não só no topo da subida mas até ao final do swing. Se permitirmos que as mãos relaxem perdemos todo o controlo no impacto. Uma boa maneira de garantir que não está a libertar demasiado a pressão das mãos durante o swing é certificar-se de que o polegar esquerdo está bem apoiado na palma da mão direita durante todo o swing. Assim teremos a certeza de que as mãos formam um bloco para trabalharem em conjunto.

Não faça a pega com o taco levantado, embora vejo isso muitas vezes, inclusive em livros, não gosto. Antes de fazermos a pega devemos estar com o taco alinhado. A forma de o fazer correctamente é posicionar o taco atrás da bola e alinhar a face do taco perpendicularmente ao alvo, depois colocar primeiro a mão esquerda com as costas da mão viradas ao alvo, depois a direita com a palma virada ao alvo. 

Independentemente da forma como segura o taco, lembre-se sempre que o objectivo da pega é unir as mãos para formarem uma só unidade. Quanto menos espaço existir entre os dedos e entre as mãos mais compacto permanece este bloco ao longo do movimento.

Não podemos também ser perfecionistas, não temos todos as mãos anatomicamente iguais, existem muitas excepções, existem bons jogadores com pega fraca como por exemplo: Jon Rahm, Morikawa, Koepka, Spieth, Johnny Miller; com pega forte como por exemplo: Paul Azinger, Fred Couples, Bernhard Langer, Bubba Watson, David Duval; e até mais raro jogadores com pegas com mãos ao contrário como o Josh Broadway. 


Isto para dizer que nem todos podemos ter uma pega como o Jack Nicklaus ou Tiger Woods, no entanto, todas as pegas de bons jogadores seguem uma regra: as palmas das mãos devem estar viradas uma para a outra quando seguramos o taco. Seja qual for a sua pega aceite-a naturalmente. 

Todo este tema foi abordado tendo em conta um jogador dextro que joga à direita, o contrário será válido para um jogador esquerdino que jogue à esquerda. 

Deve ter-se em conta que a pega utilizada no swing e jogo curto mantém-se mas no putter será diferente e será abordada noutra ocasião.

Boas tacadas!

15/11/2024

Que material de Golfe comprar para iniciar


Numa primeira fase, ou seja nas primeiras aulas não precisa comprar nada, embora a compra do material seja um compromisso com a modalidade se estiver entusiasmado, muitas vezes o material novinho em folha acaba a acumular pó na arrecadação ou não fosse o golfe um desporto com uma taxa de desistência elevada. Por ordem, deve começar por comprar uma luva, e sim só se usa uma luva e do lado não dominante. A luva deve ficar no tamanho correto, justa mas não apertada demais. Uma luva deve rondar o valor entre 10/15 euros.

Depois de algumas aulas e perceber que se quer envolver nesta modalidade um meio set seria suficiente, mas porque não comprar já o set completo? Se tiver mesmo com o bichinho é melhor fazê-lo porque mais tarde quer completar o meio set e não vai conseguir.

Então, para fazer o primeiro set, vai precisar do essencial, um Driver, um híbrido ou uma madeira 3/5, um conjunto de Ferros, um Sand Wedge e um putter, depois um saco, uma toalha, bolas, tees, pitch-mark e marcador de bola. 

Agora a dúvida será comprar novo ou usado, na minha opinião não ganha nada em comprar novo, mas vou tentar "descomplicar" a escolha de material para quem quiser optar por comprar tacos usados a bom preço, evitando gastar muito mais dinheiro em material novo que passado um tempo com a evolução do seu golfe pode querer trocar. E também na minha opinião não valerá a pena fazer já um fitting dado que não bate a bola ainda com consistência. Se for muito alto aí poderá precisar de mais polegadas de vareta nos tacos, mas isso é uma questão que facilmente o treinador irá perceber e já foge à normalidade.

Opte então por um set de ferros usados de boa marca adequados à sua estatura e disponibilidade física, para além de poupar dinheiro terá uns tacos melhores do que os das lojas grandes multi desportos. De início um Driver, um conjunto de ferros desde o Ferro 5 ao pitch, um sand wedge e um putter é o ideal. Nos ferros, se for um jogador sénior com mais de 50 anos aconselho varetas de grafite regular, se for jovem varetas de aço regular. Um conjunto de ferros usados ronda os 150/200 euros. A escolha de driver deve ser de mais de 10⁰ de loft e as varetas devem ser regular, o peso das varetas deve ser próximo das 50 gramas para um jogador sénior e 65 gramas num jogador jovem. Os valores dos drivers usados rondam os 80/100 euros. O putters será uma escolha pessoal, portanto aconselho a experimentar entre um putter Blade e um putter Mallet, a minha preferência será sempre um putter Blade do género do Ping Anser pois será um putter que o vai ensinar a ter a técnica correcta. Não fosse este tipo de putter o mais ganhador do tour inventado em 1966 ainda ganha aos dias de hoje. Irá gastar num putter usado cerca de 50 euros. O Sand wedge deverá ser entre 58⁰ e 54⁰, de preferência 56⁰ e de preferência comprar logo um forjado que lhe irá sair a cerca de 40 euros. Em termos de marcas posso dar as seguintes referências para os ferros que serão Callaway, Titleist, Ping, Taylormade, Mizuno, Nike, Srixon, Honma, Cleveland, Wilson Staff, Cobra, e escolher sempre tacos com cavity back ou muscle back e nunca blades para iniciar, de forma a ter mais perdão numa tacada menos boa. Para a escolha de drivers as referências serão as mesmas marcas, já nos wedges as referências serão Titleist e Cleveland na primeira opção e as outras marcas em segunda opção que também ficará bem servido. Nos putters as referências de marcas são Scotty Cameron, Odyssey, Ping, Bettinardi, Cleveland e Taylormade. Muito importante na escolha do Putter é o comprimento do Putter, diria que 90% dos jogadores amadores joga com um putter demasiado comprido. A média no tour está em 33 polegadas e são jogadores altos, o que mais se vende nas lojas são 35 e 36 polegadas! 

Para transporte dos tacos tanto no campo como no transporte para treinar aconselho um saco leve com pernas (tripé), algumas marcas boas deste tipo de saco são Sun Mountain, Taylormade, Ping, Callaway, Ogio, Titleist, Cleveland, Wilson, Cobra, mas até a própria Inesis tem sacos deste género com qualidade. Deve conseguir um saco usado em bom estado por cerca de 60 euros. 

Os sapatos são também indispensáveis quando já jogar no campo e num primeiro par de sapatos para não gastar muito aconselho os sapatos da Inesis que lhe saiem novos a 50 euros, se o estilo for para si importante as melhores marcas de calçado de golfe são Ecco, Footjoy, Lambda e adidas.

Em relação a consumíveis, as bolas no início poderão ser usadas mas nunca bolas do Driving Range pois é estritamente proibido. 

Não compensa no início jogar com bolas caras como Titleist ProV visto não tirar ainda proveito de uma bola deste género. Cada bola usada custa cerca de 50 cêntimos e servem perfeitamente. 

Para procurar material usado tente no OLX mas tenha em atenção a quem compra, tente perceber se não é material que possa ter sido furtado para não vir a ter problemas. Pergunte à pessoa porque está a vender, onde jogava e até perguntar o número de federado e confirmar a veracidade através do site da federação. Facilmente perceberá se foi alguém que jogou ou simplesmente que está a vender algo roubado. 

Pode também optar por lojas de golfe que normalmente têm material usado também para venda.

Facilmente consegue fazer um set de qualidade por cerca de 300 euros, no entanto pode sempre optar por material mais fraco ou meio set que lhe deve ficar a 150 euros ou menos. 

Um set novo de uma marca boa como Titleist ficaria ao todo não menos de 2000 euros.

No meu set por exemplo, até recentemente era composto por ferros Callaway X14 Pro de 2000, Ferro 2 Callaway X20 de 2007, Madeira 3 Callaway Big Bertha 1998, Driver Titleist 907 D2 10,5⁰ de 2007, Wedges Titleist Spin Milled 56⁰ e 60⁰ de 2008 e putter Ping Anser Moxie 2011, ou seja o taco mais recente que tinha no saco era mesmo o putter de 2011 e só alterei o Driver à 3 meses para um Driver Titleist TS2 11,5⁰ de 2018 que não melhorou nada ou quase nada o meu jogo mas a vareta do Driver antigo já precisava de uma renovação. 

Houve uma evolução principalmente nas bolas de golfe e nos drivers, os ferros produzidos a partir dos anos 2000 pouco perdem para os modelos actuais. Nos putters o design Ping Anser de 1966 continua a ser a inspiração para muitos modelos, embora haja outros designs também com bastante sucesso, como o 2-balls, o Spider, Rossie. 


Os preços de referência que falei serão sempre de material usado de qualidade e em bom estado.


14/11/2024

O que é o jogo de Golfe?

 


Neste artigo que faz parte de um conjunto que abordam o golfe de uma maneira simples e direcionada para quem está a iniciar no golfe, tenho o objectivo de explicar o jogo de golfe de uma forma o mais simples possível. Então, o golfe é um desporto que consiste em jogar uma bola utilizando um taco, desde a área do tee ou zona de partida até ao buraco, executando uma tacada ou tacadas sucessivas em conformidade com as regras. Para tal, joga-se num campo de golfe de 18 ou 9 buracos e todos eles têm características em comum, ou seja, ponto de partida em cada um dos buracos, que se chama área de ter, Fairway que não é mais do que o caminho ao longo do buraco com relva bem cortada e o green onde tem o buraco e a bandeira para onde devemos jogar e terminar cada buraco. O green tem características muito especiais com uma micro relva que é cortada muito rente que faz lembrar uma alcatifa verde. Em todos os buracos temos também obstáculos como por exemplo, bunkers de areia, lagos, regueiras, árvores e relva alta dos lados do Fairway que se chama rough. Um campo de golfe tem cerca de 6,5 kms de comprimento, embora hoje em dia haja campos mais pequenos, incluindo campos de uma modalidade mais curta chamada Pitch and Putt que pode mesmo ter campos de 9 buracos do tamanho de um campo de futebol 11. Cada buraco pode ser dito de Par 3, Par 4 ou Par 5 e entende-se por Par do buraco o número de tacadas que um bom jogador deve fazer para concluir o buraco. O Par de cada buraco é determinado pela distância do mesmo tendo em conta que depois de chegar ao green são necessárias 2 tacadas. Um Par 3 é um buraco até 230 metros, um Par 4 até 430 metros e um Par 5 até 630 metros. O somatório de todos os Par dos buracos dá-nos o Par do Campo ou seja o número de pancadas que um bom jogador deve fazer nos 18 buracos. Geralmente esse número ronda as 72 pancadas. A zona de partida para cada buraco está assinalada por diferentes marcas consoante a categoria e a distância de cada buraco varia consoante essas marcas. Os profissionais jogam das marcas brancas, os homens amadores jogam das marcas amarelas e as senhoras das marcas vermelhas. Embora haja outras marcas, estas são as mais comuns a todos os campos.

Em termos de equipamento de golfe, o máximo de tacos que um jogador pode levar para o campo de golfe são 14 tacos e porquê tantos? Ora, aqui é que entra a estratégia de jogo ou seja, consoante a distância, cálculos da força e direção do vento, inclinações do terreno, condições da relva, se temos um obstáculo, vamos escolher o melhor taco para cada situação. Num set de tacos existem as madeiras que são assim chamadas porque as cabeças eram feitas de madeira, hoje em dia a maioria são feitas de titânio. A madeira número 1 é também chamada de driver e é o taco que atinge maior distância. As madeiras são utilizadas para longas distâncias e na maioria das vezes é utilizada com a bola num tee que só se pode utilizar na primeira tacada de cada buraco. Depois temos os ferros que ainda hoje são feitos de aço. Um conjunto de ferros por norma composto por ferros 5,6,7,8,9,P diferem na inclinação da face do taco, resultando numa diferença de 10 metros de distância para cada número quando a tacada é realizada com a mesma intensidade. Depois existem também os wedges que são ferros com mais inclinação para tacadas de aproximação de menos de 100 metros e por último temos o putter que é o taco que se utiliza dentro do green para colocar a bola no buraco, este é o único taco que se utiliza para jogar a bola sem voar e o único parecido ao taco de mini-golfe. Depois para além do saco de golfe e dos tacos precisamos de uma toalha para limpar os tacos e a bolas, de tees, bolas de jogo, pitch-mark para arranjar eventuais buracos na relva do green e um marcador de bola que pode ser uma moeda. Para transportar tudo isto pode optar por levar o saco às costas ou utilizar um trolley que é mais adequado. Boas tacadas! 

11/11/2024

Golfe 100 Segredos: Como começar no golfe




Este post faz parte de um conjunto de posts que abordam o golfe de uma maneira simples e direcionada para quem nunca teve contacto com o golfe. Para quem preferir poderá ao invés de ler, ouvir através do canal Golfe Cem Segredos no Spotify. É portanto, um pequeno curso de golfe para iniciantes. Com estes posts quem pretender iniciar-se na modalidade pode fazê-lo, não só praticando mas aprendendo ouvindo por exemplo no carro durante o trajecto para o trabalho ou mesmo para o campo de golfe. Comparo muitas vezes a aprendizagem do golfe à Matemática ou melhor ainda à aprendizagem de um instrumento musical, por ser uma modalidade bastante técnica e de repetição, onde temos de ter paciência e sermos persistentes, porque não se aprende a jogar golfe num só dia. Praticar com frequência é a receita, assim como aprender bem desde o início para não adquirir maus vícios. Tal como na música, muitas pessoas podem ter mais talento, mas sem trabalho nada feito e todos podemos ser músicos ou golfistas de sucesso. 
Então para começar deve dirigir-se a um campo de golfe, de preferência o mais perto de casa possível de forma a não ter "desculpa" para desistir pela distância e tempo. Em Lisboa, por exemplo existem 2 opções, a Academia de Golfe de Lisboa onde dou aulas em regime de free-lancer e no Clube de Golfe do Paço do Lumiar. Ainda perto da capital temos o Centro Nacional de Formação de Golfe no Jamor. Em Portugal temos 91 Campos de Golfe, portanto pesquise no Google Maps qual será a melhor opção para si.
Para as aulas não precisa levar material porque os treinadores fornecem tudo para o efeito e pode depois ir comprando aos poucos o seu set de golfe.
A aprendizagem não vai começar logo no campo de golfe propriamente dito mas sim num campo de treino que se chama Driving Range, que não é mais que um local onde praticamos e batemos as bolas sempre do mesmo local, quer seja num tapete de relva artificial ou mesmo em relva natural delimitada. Para tal, vai precisar de bolas que o treinador fornece, ou no caso de ir praticar sozinho basta adquirir uma ficha de bolas na recepção do clube. Essa ficha vai funcionar de forma idêntica a uma maquina de tabaco, mas ao invés de sair maços de tabaco saem bolas, o que é muito mais saudável principalmente se for fumador. O preço destas fichas ronda os 3 euros e basta um cesto por cada treino, uma vez que os músculos específicos do golfe ainda não estão preparados para mais.
Então no Driving Range vamos treinar o chamado Full Swing, ou seja movimento completo do Golfe para tacadas de média/longa distância. 
Nesta primeira aula, o treinador dará importância ao ensino dos princípios básicos do Swing, abordando os 3 P's, ou seja a pega (grip), a pontaria e a postura que são os ingredientes chave para um Swing sólido e eficaz. Nesta primeira vez, será também importante o treinador fazer uma explicação geral resumindo o que é o jogo de golfe, as principais regras e etiqueta e explicação do material utilizado. Estas questões serão abordadas no nosso próximo post. Boas tacadas!

27/03/2017

Vouchers de Oferta de Golfe


Aproxima-se uma ocasião especial e nem sempre é fácil escolher o presente ideal... Para aquela pessoa especial, para quem nunca experimentou o Golfe ou simplesmente para quem preza o contacto com a natureza e aliar assim também uma actividade física, consulte as nossas ofertas especiais!
Voucher Oferta de Baptismo de Golfe (1 aula de 60 minutos): 40€
Voucher Oferta de Curso de Iniciação ao Golfe (10 horas de aulas): 350€
Imagine a satisfação de quem recebe muito mais que uma prenda, é uma oferta de saúde e de bem-estar LisboaPhysio!
Nota: Para adquirir um destes presentes, contacte para Carlos Guerreiro (tlm: 96 456 87 46) ou lisboaphysio@gmail.com . Não serão efectuadas trocas nem devoluções. Os serviços em causa poderão ser usufruidos mediante marcação prévia, com a validade de 3 meses. A oferta é pessoal e intransmissível.
#Prenda #Natal #Presente #Oferta #Voucher #Vale #Golfe #Golf #Aula #Iniciação #Oeiras #Jamor #Baptismo #Ideia #Ideias #lisboaphysio #Mulher #Marido #Namorado #Namorada #Lisboa #estadiouniversitario #blackfriday http://lisboaphysio.com

03/11/2014

Aulas de Golfe no Campo de Golfe de Oeiras

Poderá também marcar as suas aulas no Campo de Golfe de Oeiras, com o nosso Professor Carlos Guerreiro.

A tabela de preços para este campo é a seguinte:
1 aula individual (60 minutos) – 25 euros
Curso de Iniciação ao Golfe (10 horas) – 250 euros
Baptismo de Golfe Adaptado (para portadores de alguma deficiência) - Gratuito
Aula de Golfe Adaptado (60 minutos) - 10 euros

Outros preços sob consulta
Mais informações contactar o professor para lisboaphysio@gmail.com

04/04/2013

Aulas de Golfe no Jamor

Poderá também marcar as suas aulas no Centro Nacional de Formação do Jamor, com o nosso Professor Carlos Guerreiro.

A tabela de preços para o Jamor é a seguinte:
1 aula individual (60 minutos) – 45 euros
Curso de Iniciação ao Golfe – 350 euros
Baptismo de Golfe Adaptado (para portadores de alguma deficiência) - Gratuito
Aula de Golfe Adaptado (60 minutos) - 10 euros

Outros preços sob consulta
Mais informações contactar o professor para lisboaphysio@gmail.com

29/11/2012

A Postura Corporal no Golfe

A postura é uma palavra muito utilizada entre os profissionais de golfe, contudo é interessante analisar que a maioria dos livros escritos por “gurus” da modalidade estão “minados” de fotografias com jogadores com má postura. Basta prestar atenção a uma competição com transmissão na TV e levará apenas alguns segundos para encontrar um jogador de grande qualidade com projecção anterior da cabeça, com hipercifose dorsal e/ou com rectificação da coluna lombar. Porque será que esta noção do corpo se fica só pela mente? Daí que os treinadores não tenham competência para corrigir estes problemas posturais e se agem frequentemente como pais a reprimir uma criança, dizendo “endireita-te”.
A postura, tal como outros aspectos individuais, não é algo passível de ser alterada apenas por se pensar nela. Aliás, a correcção postural é uma capacidade que deverá servir de base em cada processo de treino e melhoria da função (neste caso o swing).
Um golfista com má postura irá ter muitas dificuldades em evoluir no seu handicap. Pode certamente observar a postura daqueles jogadores que já jogam há muito tempo e que não conseguem evoluir. Estes nunca o irão conseguir apenas com aulas de golfe, exigindo antes de mais nada, a ajuda de um Fisioterapeuta especializado em Reeducação Postural Global, para que posteriormente consigam seguir as indicações dadas por um professor de golfe. Só assim o jogador poderá evoluir, beneficiando de um corpo mais saudável e sem compensações, tendo menor probabilidades de contrair lesões e de sentir desconforto, dor ou outros sintomas (cefaleias, parestesias dos membros, etc…)
Só através de uma postura correcta será possível ao jogador manter o equilíbrio correcto e garantir que a sua coluna vertebral não sofre uma pressão exagerada. Adoptar uma boa postura irá ajudar a rentabilizar os músculos mais adequados ao swing.

Então como deverá ser a postura correcta?
Há que distinguir a diferença entre a postura estática e dinâmica. Essa diferença acentua-se no jogador de golfe, porque a posição de sentado ou de pé num bom alinhamento postural não garantem a manutenção do mesmo alinhamento no momento da tacada e, consequentemente, na realização do swing. Todos os jogadores de golfe devem portanto, ser capazes de compreender o seu corpo na posição estática e ainda mais transpor esses parâmetros para a realização do swing.
Adicionalmente, a postura no address deverá ser analisada. A postura dinâmica durante o swing é igualmente importante pois esta pode diferir bastante da postura estática.
A postura no address é descrita pelos treinadores de golfe como parte integrante de todos os aspectos do swing.
Ben Hogan descreve que no início do address a curvatura inicial deve vir da flexão dos joelhos mantendo-os descontraídos, no entanto, com ligeira tensão.
No address, se deixarmos cair um fio de prumo no ombro do golfista, este deve cair na base de sustentação (a meio dos pés). Quando o jogador olha para a bola, deverá ter o cuidado para que o tronco não fique flectido e para levar o olhar à bola, necessita apenas de flectir as suas vértebras cervicais superiores.


O que pode fazer para melhorar a sua postura?
Deverá procurar um Fisioterapeuta especializado em Reeducação Postural Global, que lhe irá fazer uma avaliação física para posteriormente no tratamento dar maior ênfase às zonas com maior “deformação” e/ou responsáveis pelas queixas dolorosas/sintomas.
A Reeducação Postural Global é um método criado pelo fisioterapeuta francês Philippe Souchard, o qual foi apresentado ao mundo na obra “O Campo Fechado”, publicada em 1981, depois de 15 anos de pesquisas, continuando a ser desenvolvida por ele próprio e pelos seus variados colaboradores.  A Reeducação Postural Global fundamenta-se nos princípios da individualidade, causalidade e globalidade, e o tratamento baseia-se num trabalho postural activo, onde através de posturas, criteriosamente escolhidas através de uma avaliação, se estiram todas as cadeias musculares, em conjunto com um trabalho respiratório específico e a terapia manual do Fisioterapeuta.

28/11/2012

Golfe com Síndrome de Down


Decorrente de uma mutação genética, o Síndrome de Down (SD) ocorre em média 1 a cada 800 nascimentos, crescendo a incidência com o aumento da idade materna.
Respeitando as limitações, a criança com SD deve receber estímulos para se desenvolver, tal como outra criança da sua idade. Para tal, os portadores desta síndrome deverão ser estimulados desde crianças à prática regular de uma actividade física. O golfe é uma excelente opção, pois os seus benefícios são inúmeros.
É de todo importante que o portador de SD mantenha essa actividade física, pois vários estudos comprovam que pessoas portadoras de SD tendem a tornar-se sedentários, levando-as a desenvolver problemas como obesidade, diabetes, colesterol, hipertensão e doenças cardíacas.
Não há duvidas que o golfe, promotor da socialização, é uma ferramenta de inclusão social para portadores de SD, sendo também adequado para as suas características físicas e principalmente as suas necessidades. Com o Golfe, eles descobrem as suas capacidades corporais e cognitivas, desenvolvendo o equilíbrio, a coordenação motora, a estruturação espaço-temporal, o esquema corporal e a respiração, factores fundamentais para o desenvolvimento do portador de SD. Concluindo, o golfe promove o desenvolvimento global, aquisição de valores, quebra de preconceitos, contribuindo assim para uma melhor qualidade de vida.
Como e quando começar?
Para uma criança com SD formar bases para um desenvolvimento harmónico, o ideal é que ela seja estimulada precocemente num trabalho multidisciplinar. O Golfe deve ser inserido aos poucos através de aulas e jogos com regras simples. Deve-se estruturar um ambiente facilitador e adequado aos alunos, oferecendo experiências que vão resultar na melhoria do seu desenvolvimento.
O treinador deverá sempre que possível ser especializado em Golfe Adaptado e procurar informações mais específicas sobre Síndrome de Down.


26/11/2012

Preparação Física no Golfe

Porque é necessária a preparação física no golfe?
Há tempos atrás, e ainda nos dias de hoje, o golfe era considerado por leigos como um desporto passivo, praticado por pessoas importantes que não têm a energia suficiente ou cujas limitações físicas os impedem de praticar outras modalidades mais exigentes. A imagem do golfista é vulgarmente representada como um senhor de idade avançada, com excesso de peso, com um abdómen proeminente, pouca flexibilidade, escassa força e conduta alimentar nula.
No entanto, todos os jogadores de golfe querem jogar cada vez melhor. Este desejo é comum desde iniciantes amadores até jogadores profissionais. Para muitos, o golfe é uma possibilidade de relaxar, para aliviar o stress, fechar negócios e fazer exercício. Mas o desejo de melhorar o handicap e os resultados é uma realidade mesmo para o golfista recreativo. O método frequentemente procurado pelos jogadores para melhorar o jogo é através de lições com profissionais ou praticando golfe com maior frequência. Embora estes métodos pareçam ser lógicos, é por este mesmo motivo que muitos golfistas sofrem lesões e raramente atingem o seu potencial. E porquê? Simples, porque são poucos os jogadores de golfe que procuram realizar uma preparação física especifica para melhorar o nível de jogo.
Os golfistas amadores conseguem aproximadamente 90% da actividade muscular máxima quando dão a tacada. Esta é a mesma intensidade que pegar num peso que só conseguimos levantar 4 vezes antes da fadiga total. No entanto, os jogadores de golfe não têm em mente que batem a bola numa média de 30 a 40 vezes num jogo a essa intensidade!
A maioria dos jogadores de golfe iniciam-se neste deporto numa idade em que já não praticam nenhum outro, quer a nível competitivo, quer desportos colectivos ou outras actividades fisicamente exigentes. O golfe é geralmente visto como um jogo de habilidade técnica com pouca exigência física em relação à maioria dos outros desportos. Infelizmente, este equívoco comum é muitas vezes a causa de lesões e/ou da estagnação na evolução da performance.
A razão para isso é muito simples: o golfe bem praticado é altamente atlético!

25/11/2012

Treino do CORE para o golfe

Actualmente, a questão do treino não está apenas ligada ao âmbito técnico, táctico, físico, de força, velocidade e flexibilidade, mas sim à especificidade e funcionalidade das modalidades e gestos realizados em cada modalidade desportiva.
A falta de especificidade nos treinos pode perturbar a evolução do atleta de acordo com a modalidade, ou seja, treinos que fazem distinção entre os exercícios e o desporto ocupam o tempo de preparação com itens menos eficientes.
O termo funcional, muito utilizado nos dias de hoje, refere-se à função que o exercício tem na musculatura e nos movimentos envolvidos na actividade principal, e implica que o treino seja cada vez mais planificado e de encontro às necessidades específicas da modalidade.
Os movimentos funcionais são altamente dependentes do core. O core é constituído por dois grupos musculares inferiores do tronco, os músculos anteriores (abdominais) e os músculos posteriores (extensores), que com os músculos das ancas, formam o que se chama de core – o núcleo do corpo.
O core é portanto o nosso centro de gravidade, responsável por manter a estabilidade da coluna e da bacia quando realizamos o swing. Um core mais forte significa ter mais equilíbrio e controle sobre o próprio corpo, o que é especialmente importante durante o swing, normalmente executado num terreno irregular e instável. Além disso, é o core que protege a coluna vertebral, absorvendo o impacto do swing e mantendo a postura correcta mesmo quando o cansaço se instala.
A falta de desenvolvimento do core pode então originar uma maior propensão para ocorrência de lesões. Desta forma, o core não pode ser ignorado pelo jogador de golfe, pois é a ligação entre todos os movimentos e pode tornar o jogador mais ágil e simultaneamente mais forte.
O core deverá ser trabalhado de forma igual em todas as suas componentes, não só para prevenir lesões na coluna, pois a maioria são provocadas por desequilíbrios musculares, mas também para melhorar o desempenho do atleta. Qualquer movimento realizado é garantido pela estabilidade proporcionada pelos músculos do core, tendo mais qualidade e eficiência se o core for forte.
Quando o core trabalha bem, pouca energia é perdida em movimentos indesejáveis da coluna e das ancas. O core permite que o corpo produza força, reduza força e se estabilize em reacção a estímulos externos. Isso ajuda o atleta a gerar mais energia também nos músculos que estão “ancorados” ao tronco. Ao fazer menos contracções para obter a mesma força, o risco de lesões diminui. Consequentemente, o core garante um melhor set up, movimentos mais eficazes, traduzindo-se num swing mais potente, além de reduzir o risco de lesões.
Em contrapartida, um core enfraquecido faz com que se perca energia e aumenta o risco de lesões. Se os membros superiores e inferiores forem fortes e o core for fraco, não só é prejudicada a mecânica do swing, como também aumentar a probabilidade de lesão, uma vez que o stress articular a nível da coluna lombar é maior durante a rotação do tronco. O fortalecimento do core também constitui uma solução para compensações individuais, como vícios posturais/mecânicos (ex.: movimentação excessiva da cabeça e das ancas, a lordose acentuada e numa postura curvada - cifótica).
A estabilidade postural depende então da conjugação de três factores: estabilidade da parte inferior do tronco (lombar), mobilidade da parte superior do tronco (toráx e dorsal) e força muscular ao nível do tronco no geral.